segunda-feira, 27 de julho de 2009

ENSINO A DISTÂNCIA X UNIVESP

Quanta confusão em torno desse assunto!
A pergunta que não quer calar: alguns segmentos das universidades paulistas são contra o Ensino a Distância (EaD) ou contra o programa de financiamento criado pelo governo do Estado de S.Paulo, a chamada Universidade Virtual do Estado de S.Paulo (UNIVESP)?
Durante os últimos debates realizados na Unicamp, vários especialistas se manifestaram esclarecendo a diferença entre o Ensino a Distância (EaD) - uma conquista tecnológica fundamental para atingir um maior número de estudantes, principalmente aqueles afastados dos grandes centros, como também para democratizar o acesso à universidade – e a Universidade Virtual do Estado de S.Paulo (UNIVESP), um programa que altera a concepção de autonomia universitária.
As questões que levantávamos eram as seguintes: se o governo quer democratizar o diploma das escolas públicas por EaD, por que ao invés de um Programa ele não propõe aumento de vagas permanentes nas universidades através da contratação de professores e aumento das verbas para a universidade, incluindo aí subsídios para a criação de Cursos de EaD? Por que fazer isso através de um programa de financiamento, fornecedor de recursos somente para projetos individuais de docentes que poderão ou não ser aprovados pela cúpula da UNIVESP? Será que após disputar as eleições presidenciais este programa de financiamento ainda terá dinheiro para aprovar os projetos encaminhados pelos professores universitários? Criticamos a Univesp não por ser EaD e sim por seus objetivos que longe de democratizarem o ensino colocam-no à deriva de verbas que poderão ou não ser liberadas, como também de profissionais pouco habilitados. Referimo-nos aqui aos “tutores”que por baixos salários terão a incumbência de coordenarem o ensino a distância, sanando dúvidas e problemas. Aos professores universitários, cujos projetos forem aprovados, caberão as aulas tele-conferência. Quem se prejudicará? Os alunos à distância terão alguns encontros presenciais com os professores e também para fazer as provas. Serão suficientes? Quem ganha com isso? Queridos(as) leitores(as), pensem a respeito. Comentem. Um abraço a todos(as)

2 comentários:

  1. Olha Áurea, eu questiono também o próprio ensino a distância, apesar dos seus méritos e de saber que trata-se de um "caminho sem volta", próprio dos nossos tempos.

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  2. Olá Andréa.
    Que bom encontrá-la por aqui. Penso que o ensino a distância pode ajudar muitos jovens e adultos que não podem ter acesso ao ensino médio ou até mesmo universitário. O problema é que nesses lugares a instalação de equipamentos é também uma questão a ser resolvida. Nos grandes centros o acesso à tecnologia ainda é restrito. Nas escolas estaduais, por exemplo, ou os computadores ficam em salas fechadas a sete chaves, porque teme-se que os alunos os danifiquem, ou, as máquinas páram por falta de manutenção. Acho que é urgente, antes de tudo, ampliar o acesso dos jovens ao ensino (presencial e a distância) como também investir na qualidade deste ensino, o que implica em numa transformação radical na forma de se compreender a educação e seu papel.
    Um beijo.
    Áurea.

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