sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

FIM DE ANO.

Repetimos sempre o mesmo ritual
compras, festas, bebidas,
promessas, esperanças.
Um ano termina, entra outro
e de novo, e de novo, e de novo.
Mas, o que há de novo?
Nossa enorme fragilidade.
Acredito estar ai outras possibilidades
de VIDA.

Quando se desfizer a ilusão
de que é possível ser feliz sozinho,
aí sim, quem sabe,
nossa eterna dor dê lugar
A amores leves
A um planeta lindo
A crianças com infância
A velhos guardadores da poesia
A adultos cuidadores de mundos.

Não espero nada.
Faço a travessia
e, nos encontros,
pessoas diversas.
Deixo de ser o que sou,
vou me tornando outra.

Um grande abraço a todos(as)

(Áurea)

4 comentários:

  1. Que lindo Áurea, amei o poema.
    Espero poder compartilhar esses espaços com você, apenas ou quem sabe, mais um pouco, em 2010...

    abraço

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  2. ei Áurea, que beleza! sendo outra e a mesma ao mesmo tempo, viva! lembrei de um verso da Orides Fontella que diz "da não-espera acontecem flores"
    vamos juntos, sem espera, vazios e abertos ao que vier que nos desloque do nosso mesmo outro lugar ar ar!!!!beijo!!!

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  3. Lindo Áurea! :)
    Bjos, Elise

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  4. É uma linda visão de um mundo possível... Que o vejamos adiante, Áurea querida! Que 2010 caminhe para isso e seja maravilhoso para todos que visitam aqui e alhures.... Poema lindo, como você! Bjs, Teresa (Candolo)

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