quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

APRESENTANDO O GRUPO VIOLAR

Queridos leitores, hoje, gostaria de apresentar para vocês o Grupo VIOLAR: Laboratório de Estudos sobre Violência, Imaginário e Formação de Educadores, sob a minha coordenação e da Dirce Djanira Pacheco e Zan. Nascido em 2002, na Faculdade de Educação da Unicamp, conta com pesquisadores de várias instituições educativas que se preocupam em estudar as formas pelas quais as situações violentas do sistema social influenciam e constituem o imaginário sócio-cultural, enraizando-se na existência dos homens e interferindo nas práticas institucionais, entre elas, as escolares. Por isso, tentamos em nossos trabalhos, detectar tanto a reprodução do imaginário da violência que preserva as formas estabelecidas, quanto a (des) construção dos sentidos desse imaginário, libertando os eventos de sua compreensão literal.
Também faz parte de nossas investigações pesquisas voltadas para o estudo da cultura, das dimensões do cotidiano das instituições educativas e, em especial do cotidiano escolar, principalmente aquele vivenciado pelos jovens. Esses estudos do grupo têm-se detido no campo do currículo concebido enquanto mediação social, ou seja, um campo construído a partir das lutas sociais e das relações de poder.
São nossos objetivos:
- contribuir para a formação de educadores que recriam, nos interstícios das instituições, o sentido dos textos, dos filmes, dos projetos, das situações violentas, e fazem do espaço onde vivem um lugar rico de novas linguagens capazes de representar e recriar o mundo;

- focalizar a violência dentro do quadro das significações que as pessoas atribuem às coisas e às suas ações, sem perder de vista a relação dinâmica entre subjetividade e fato concreto, entre existência individual e social, entre micro e macro estrutura;

- elucidar de que forma os diversos agentes envolvidos no processo educacional atuam na construção do currículo escolar;

- verificar até que ponto o currículo configura-se como “mediação social”, ou seja, contém as marcas dos conflitos sociais e simbólicos travados entre os agentes envolvidos no processo educacional;

- problematizar a relação do jovem com a sociedade e, especificamente, com a escola, na constituição de suas identidades.

Um comentário:

  1. Tem sido um grande prazer e aprendizado fazer parte deste grupo. Um grupo que se dispõe a buscar em textos e autores clássicos, conceitos teóricos que nos ajudem a pensar o mundo atual. Além disso, é um grupo acolhedor e formado por pessoas que jorram sensibilidade...
    Dirce Zan.

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