sábado, 13 de dezembro de 2008

Inaugurando o blog

26 comentários:

  1. Olá Áurea, gostei muito do seu blog. Ele me parece ser muito bom. Você deve continuar postando coisas boas como a mensagem contida na imagem da foto.

    Abraços

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  2. VIOLAR on line, o passo que faltava para a comunicação fiacar mais abrandgente ainda. Muito bom Aurea!
    Suerte, y a los toros!

    Albor

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  3. Áurea, pessoa transparente, verdadeira, batalhadora, engajada com a humanidade,
    com a vida, com os saberes e os fazeres.
    "Se todos fossem iguas a você...
    que maravilha viver!"
    ...sem injustiças, sem fascismos, sem pequenez de alma!
    Continue sempre, sempre, estamos todos contigo,
    abraços
    Dri

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  4. legal, áurea. dizia o velho guerreiro, "quem nao se comunica se 'trumbica". essa de ter um blog é uma boa, pq vc tem um canal mais ágil do que as revistas acadêmicas. vou poder conhecer vc mais ainda. e as pessoas vao poder conhecer melhor nao só suas ideias, mas também a pessoa especial que você é. isso é bom!

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  5. Cara Áurea, cheguei ao blogue através de minha nora, Bia Possato. Também, através de Bia, conheci o seu importante trabalho. Parabéns pelo blogue!

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  6. Oi Áurea, você merece ter este espaço e com toda sua experiência e seu carinho saberá compartilhar este blog conosco, seus admiradores, e com outras pessoas que lhe conhecerão verdadeiramente!
    Prabéns!
    Agenor Moraes
    IPPGC

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  7. Oi Áurea,

    "Há males que vem para bem". Teremos mais um espaço de comunicação e divulgação do trabalho tão belo do Violar e de sua competência ímpar. Competência, que todas as pessoas sérias que pesquisam sobre a violência conhecem.

    Beijos,

    Bia

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  8. Áurea,

    Muito legal saber que seu saber e seu fazer estão ainda mais fortes pela divulgação nesse blog.
    Quem sabe faz a hora não espera acontecer... é isso que fez você fazer de sua vida uma obra de arte.

    é muito bom poder compartilhar.

    teresa arruda

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  9. Oi Áurea! Parabéns pelo blog! É mais um espaço de reflexão e de divulgação de idéias que afirmam a vida! Um espaço que procura pensar os problemas vividos na educação de uma maneira não simplista, com coragem, sem medo de colocar os dedos nas ferida. Isto é coisa rara e necessária nos dias atuais em que, infelizmente, ainda há muita intolerância!

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  10. Com que satisfação, que eu, como professora da rede pública de ensino fundamental e médio, que tento, dentro do possível e dos limites - meus e das circunstâncias - refletir sobre as realidades da educação atual em nosso país - me deparei com este espaço de discussão e com o texto esclarecedor sobre violência escolar deste blog. De fato, hoje, não é mais tão fácil e natural pensar a educação - em sua prática - como o desenrolar de um sonho bom, em que as pessoas se desenvolvem dentro de sua integridade e autonomia. Integridade,autonomia, responsalidade, compromisso com o outro: foi o que encontrei aqui, e me sinto feliz em poder compartilhar das preocupações colocadas! Parabéns, Áurea Guimarães!

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  11. AÚREA,
    parabéns pelo blog!
    Que bom poder compartilhar de um espaço como este para pensarmos juntos a vida e nesse contexto, o espaço escolar.
    "O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder aos outros" (Paulo Freire).

    Grande abraço, Cássia Elisa Sciamana.

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  12. Olá Áurea
    Parabéns pelo seu blog!
    Esta é certamente, mais uma forma que você encontra para partilhar com sabedoria e generosidade seus conhecimentos e reflexões sobre a questão da violência.
    É mais uma possibilidade de nós, educadores-pesquisadores reunirmos esforços para compreender, discutir e dialogar a respeito do universo escolar no qual estamos inseridos, direta ou indiretamente.
    Adorei a imagem - "a nossa teia", sistêmica, complexa, holística!
    Abraço
    Luzia

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  13. Bela iniciativa Áurea
    Espero que as pessoas façam de fato um movimento de reflexão e de compreensão de suas propostas e de suas idéias.
    Está inaugurando algo nova em nossa instituição. Vai dar certo!
    Beijos
    Carlos

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  14. Áurea,
    que legal esta idéia e mais este espaço para conversarmos sobre coisas tão importantes como a violência na sociedade e na escola!
    Parabéns pela iniciativa e por toda sua produção e contribuição.
    Um beijo, Dirce.

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  15. Áurea, parabéns pelo blog e pela rapidez com que "deu a volta por cima". Eu a conheço desde 1989 e sei da sua seriedade e competência. Sua produção intelectual tem dado uma grande contribuição aos estudos sobre a violência, mesmo que nem todos possam compreender o referencial teórico-metodológico no qual você se apóia. Mas, com certeza, num dia não muito distante seu trabalho será reconhecido.
    Seu artigo inicial está bastante esclarecedor.
    Maria Cecília

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  16. Áurea,
    Polarizações à direita e à esquerda são sempre redutoras,simplistas,atemorizadas,e por isso mesmo acabam atraindo mal formados e mal informados aos milhares. Pena que, com tanta coisa rica e produtiva para discutir acerca de escola e educação no Brasil e tantas contribuições a fazer, ainda haja tanta gente interessada em atacar o que mal conhece, criticar sem ler, radicalizar posições em favor de mais violência. Sabemos que é o medo que gera esse circuito mortífero, mas parece que continuamos incapazes de aprender, apesar de, como diz Beto Guedes, sabermos a lição de cor.
    Gostei muito de seu artigo, mas principalmente do tom sereno e equilibrado que vc fez questão de manter. Só a serenidade neutraliza a violência, seja de que natureza ela for, esteja ela onde estiver.
    Bjs.
    Eliana Atihé

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  17. Olá, Amiga Áurea,
    Muita Paz!
    Nós, que somos educadores(as)- pesquisadores(as) comprometidos(as) com o reconhecimento e a interpretação dos fenômenos que perpassam todas as formas de violência, estamos empenhados(as) no cumprimento dos direitos humanos já conquistados e na constituição de novas políticas públicas que venham beneficiar, principalmente, demandas estigmatizadas e socialmente desprivilegiadas. Penso, assim, que a abertura deste blog nos permitirá refletir amplamente sobre nossos temas de pesquisa e de ação visando caminhos que re-humanizem a existência e alimentem a ética nas ciências, na educação, na política, nas comunicações e em todas as instâncias da vida.
    Abraço fraterno,
    Sueli Itman
    Unesp-Araraquara

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  18. Áurea querida,

    Parabéns! Você é impressionante em sua capacidade de criar novos caminhos diante dos desafios e das vicissitudes da vida!
    Beijos
    Tânia
    Rio Branco - Acre

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  19. Olá Aurea,
    por sugestão da Profa. Cecília Sanchez, acessei o teu blog e, com muito prazer li o seu texto. Lendo fui pensando na instituição onde trabalho - uma instituiçao pública federal para pessoas surdas. É mesmo preciso pensar sobre a violencia na escola, e urgente que se pense nas tantas e diferentes formas da violencia escolar e, necessário escrever, dar visibilidade a questão, do contrário o silêncio se faz em mais uma forma da violencia escolar. Esse silencio de omissao esta, ao meu ver, próximo do cansaço dos professores, que muitas vezes sem a devida compreensao, apenas vão deixando para lá, de canto, questoes essenciais como algumas que voce pontua em seu artigo. Muito interessante o texto, continue escrevendo, esclarecendo, quem sabe assim possamos melhor compreender essas questoes e partir para atos de paz escolar. Longe da paz de cemitério mas, perto do jogo das tensões, quiça poderá um dia ser um jogo até lúdico?! Parabéns pelo artigo! Parabens pelo blog! Carmen Capitoni

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  20. Em tempo, devo corrigir que a sugestao para a leitura do texto me foi feita por Eliana Athine e nao pela Profa. Cecilia Sanchez de qualquer modo valeu e muito. Carmen Capitoni

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  21. Professora Áurea. Sou de Goiânia e dedico meu exercício profissional a atender pessoas em situações de Violência.
    Em setembro, conclui o mestrado na área de educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Sob a orientação da Profª Doutora Ruth Catarina Cerqueira de Souza desenvolvi uma pesquisa que teve como título: "A Violência física intrafamiliar como método educativo punitivo-disciplinar e os saberes docentes".
    Sou amiga da sua ex-orientanda Veralúcia e do psicodramatista Agenor.
    Quero cumprimentá-la pelo seu trabalho como pesquisadora e dizer que aqui em Goiânia existem muitas pessoas empenhadas em discutir o tema da violência com profundidade e compromisso, mas também existem figuras que são limitadas e que não conseguem emergir do sendo comum ao fazer qualquer análise. Felizmente, essas pessoas não gozam de muita credibilidade entre os pares e muito menos entre os pesquisadores que estudam e atuam no enfrentamento da violência.
    Abraços
    Cida Alves

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  22. Assim como a Cida Alves também sou de Goiânia, mas no final de 2002 tive o prazer de conhecer a Aurea e vários colegas que integravam à época o grupo de pesquisa VIOLAR. Foi uma oportunidade impar em minha vida, durante 04 anos tive a oportunidade de conviver com diferentes pessoas que em comum possuem o respeito pelo "outro" e a preocupação em contribuir para a construção de um melhor, com liberdade. Hoje, distante fisicamente deste grupo, permaneço ligada a ele por meio de leituras, discussões on-line, pelo afeto e agora por meio deste blog. Aurea, parabéns pela iniciativa

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  23. Professora,
    Sou de Goiânia e trabalho como Assistente Social no Núcleo de Estudos e Coordenação de Ações para a Saúde do Adolescente da UFG que atende e estuda questões relacionadas a adolescência, dentre elas a violência. Veralúcia me recomendou seu blog. Quero dizer que considero louvável iniciativas como a sua que reforçam a idéia de que é possível romper o ciclo que reproduz e mantém a violência.
    Parabéns.

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  24. Áurea
    Essa é mais uma forma de socializar suas pesquisas e de oportunizar aos professores desse extenso país o acesso aos seus pensamentos acerca de violência e de outros temas educacionais.
    Parabéns,
    Andréa
    Cascavel- Paraná

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  25. Aurea, parabéns por este espaço!
    Com certeza ele trará muitas contribuições.
    Necessitamos desse tipo de iniciativa, desse tipo de espaço, aberto para as pessoas que realmente queiram transformar a sociedade e construir relações mais justas e solidárias.
    um grande abraço e estamos contigo!
    Mônica

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  26. Aurea, ssgue cópia de artigo editado no Portal da Unesp, que trata sobre o trabalho que realizamos. Aproveito esse espaço que você nos abriu e socializo a perspectiva da ação e pesquisa que realizamos.
    Abraço fraterno Saudoso a todos do Grupo,
    sueli itman

    UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
    "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
    Reitoria
    Portal da Universidade

    Crianças atendidas em uma escola local

    Grupo identifica novas práticas culturais em periferia

    Trabalho é conduzido na região de Araraquara (SP)





    No bairro de trabalhadores Vale do Sol, região periférica do município de Araraquara, o Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão “Imaginário e Cotidiano”, orientado pela professora Sueli Aparecida Itman Monteiro, da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) local, oferece aos moradores programas de orientação pedagógica, para a saúde, o trabalho, a cultura e o lazer. Semanalmente os membros do Grupo, cerca de 120 alunos de graduação e orientandos de iniciação científica, mestrado e de doutorado, oferecem atendimento a aproximadamente 900 pessoas.

    Numa tentativa de divulgar informações básicas para que os jovens da localidade tenham acesso aos seus direitos fundamentais foi criada a cartilha Chega aí. A iniciativa apresenta uma série de roteiros que orientam a busca de trabalho, lazer, educação, orientação sexual e obtenção de documentos. “É um ponto de partida para levar qualidade de vida à comunidade”, esclarece a docente. A realização do material, de acordo com Sueli Itman, resultou de uma parceria entre a Universidade, o SESC-SP e a EPTV, afiliada da TV Globo na região.

    Uma outra cartilha com o tema Diversidade, produzida em duas versões, e com financiamento da prefeitura do município, será distribuída às crianças, pais e professores. O objetivo é direcionar as famílias que cuidam de pessoas portadoras de deficiências para os locais de atendimento legal, educacional e de saúde. Também busca orientar as mulheres gestantes para o risco que o consumo do álcool e de outras drogas pode oferecer à saúde do feto. “A razão deste informativo específico é a evidência, na localidade, de casos de crianças com síndrome alcoólico fetal”, esclarece a professora.

    Os dados coletados e analisados pelo Grupo indicam, entre outras necessidades dos moradores, métodos educacionais mais adequados. Com base nessa constatação, são desenvolvidos projetos de ação e de capacitação de educadores, voltados para o reconhecimento de iniciativas pedagógicas para os ensinos fundamental e médio. “A escola, da forma como está posta, não supre as demandas dos jovens, que passam a procurar as ruas”, assinala.

    Em 2007, foi criada a Escola Livre para Crianças, Adolescentes e Cuidadores, alojada experimentalmente em uma Unidade Municipal de Ensino. A proposta tem como primeira medida atender crianças e adolescentes, com idades entre dois e 15 anos, que no período noturno ficam em casa sem a presença de um adulto responsável. Enquanto estão sobre os cuidados dos universitários, eles recebem lanche, brincam, estudam e, inclusive, podem repousar em segurança. Como segunda medida, passou-se a atender os pais em suas necessidades relativas à educação dos filhos.

    Exclusão - As coletas etnográficas, isto é, as descrições das relações sociais e culturais da comunidade do Vale do Sol revelam uma localidade onde parte de seus moradores vive à margem da cultura oficial, realidade endurecida pela insuficiência de rendimentos para o sustento básico. Tais privações são reforçadas pela falta de informações que poderiam tornar viável o acesso aos serviços públicos disponíveis — educação, saúde, trabalho, cultura e lazer. Na incerteza, as famílias se viram como podem. No entanto, as soluções não chegam a dar conta das dificuldades, sobretudo as emocionais, que se avolumam à reboque do cotidiano.

    Nas reuniões semanais, os universitários buscam identificar as carências dos moradores em suas queixas. Os encontros ocorrem no âmbito do “Projeto ético-pedagógico para a reconstituição das identidades e dos valores grupais”. “Se a população tivesse mais acesso a uma educação para os seus direitos, as necessidades mudariam”.

    Novas práticas culturais – Uma das estratégias de trabalho do Grupo é o levantamento dos fenômenos que ocorrem nessas realidades para, a partir deles, propor formas de ação. “As reuniões grupais constituem um verdadeiro observatório das novas práticas culturais nas periferias dos centros urbanos”, diz.

    Entre os fenômenos observados, Sueli Itman destaca a diversidade de composição familiar, o nomadismo e as novas formas de relacionamento, caracterizadas pelo imediatismo. Os dados mostram que parte das famílias foge do padrão convencional pai, mãe e filhos. “O nomadismo masculino prevalece em vários lares, mantidos principalmente pela avó e pela mãe. Enquanto a mãe trabalha, a avó cuida dos netos”.

    Segundo a docente, por falta de parâmetros e de vínculos no âmbito doméstico, aliados à ausência de uma escola voltada às mentalidades contemporâneas, os jovens buscam laços não consangüíneos que possam dar conta de suas necessidades afetivo-emocionais. Em outras palavras, os adolescentes se encontram nas vivências das diversas tribos de rua, cada vez mais numerosas.

    “Nas ruas, muitas vezes eles se rendem às drogas, ao alcoolismo, à prostituição e aos pequenos delitos”, diz. “Com freqüência também ocorre gravidez precoce”, completa. Sem compromisso com o ordenamento social oficial — projetos de vida, escola, trabalho – os jovens vivem as situações do momento. A docente relata que o lazer é vivido nas danças onde se pode observar corpos em evidência. A necessidade do consumo, antes proibitiva, passa a ser permitida pelos atos ilegais. A sensação de fracasso e de impotência, provocada pela falta de acesso aos bens de consumo, é então trocada pelo poder gerado pela solidariedade estabelecida no interior dessas tribos contemporâneas.

    Na condição de estigmatizados, os grupos constroem representações próprias. Para Sueli, no âmbito da cultura, os grafites, o hip-hop e a moda das ruas — expressões verbais, roupas, cabelos, tatuagens e acessórios — são formas de expressão que denunciam, de modo irreverente, o ideário das margens sociais.

    Ao conseguir reconhecer as características culturais e as dificuldades dessas tribos contemporâneas, o Grupo Imaginário e Cotidiano estimula o restabelecimento do diálogo entre as diferentes mentalidades e a construção de projetos de vida, numa revitalização e estreitamento dos laços afetivos familiares, atualmente em estado de esgarçamento social.

    Genira Chagas

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